quinta-feira, 28 de maio de 2009

Canto de Libertação de José Herculano Pires


(...) não te esqueças de que há povos sangrando em hemoptises fraticidas não te esqueças da fome que devora teus irmãos agonizando entre riquezas não te esqueças dos abutres guerreiros que dividem o tempo em guerra e paz para o banquete metálico dos lucros. (...) Ouve, ouve ao longe, sacudindo continentes e oceanos, O soluço do mundo Ouve o coro Não dos anjos celestes nimbados de luz Mas dos anjos terrenos famintos e sujos Fenecendo como flores na lama Ouve o clamor dos povos esgotados Ouve o urro dos irmãos convertidos em chacais E atira-te Atira-te Atira-te A construir sobre o sangue e as lágrimas Certo Sereno Firme Seguro confiante Como o ferreiro que conhece o poder do martelo E o ritmo da forja.(...) .

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